Um grupo de pesquisadores franceses e noruegueses aprimorou um georradar, um radar capaz de enxergar coisas enterradas no solo e o próprio solo e subsolo. 
O objetivo da pesquisa prática para a localização de cabos elétricos, adutoras e outros dutos, avaliar a segurança de túneis e encontrar fontes de vazamentos.
Mas a lista de aplicações possíveis é tão grande que os cientistas não descartam nem mesmo a utilidade do georradar para localizar "baús de tesouro" - os artefatos arqueológicos podem ser avaliados previamente para que não sejam danificados na escavação.

(Fotos: Divulgação SONDEQ)


Georradar na Engenharia 

Como o trabalho foi realizado na Noruega, a utilidade mais destacada pela pesquisadora foi o monitoramento do efeito das baixas temperaturas do inverno sobre as estradas.
A profundidade de congelamento hoje tem que ser monitorada por meio de trincheiras cavadas ao longo da estrada - quando o gelo penetra muito, o asfalto precisa ser refeito.
"O radar permite a coleta de perfis contínuos, o que é mais barato e mais eficiente," diz a engenheira. "Quando danos mais severos são detectados, pode ser necessário utilizar uma tecnologia de asfalto mais adequada."
O georradar também poderá ser usado para minimizar a quantidade de sal jogado nas rodovias para derreter o gelo e evitar acidentes. Contudo, o sal acaba afetando o meio ambiente e aumentando o processo de corrosão dos carros.
Esta aplicação em particular é possível porque a pesquisa mostrou que os resultados do radar geológico dependem da concentração de sal no solo.
Até agora nenhuma utilidade para o mercado brasileiro; Calma leitor! Tem e muitas.

Escavações

Antes de serem executadas escavações é necessário realizar o mapeamento do que há no solo, a fim de identificar redes de infraestrutura subterrânea. Desta forma, o GPR (Ground Penetrating Radar) ou Georradar protagoniza um importante papel devido a sua capacidade de investigar terrenos e materiais com precisão, por meio de reflexão de ondas eletromagnéticas produzidas pelo sistema. Sua função principal é descobrir objetos enterrados no subsolo como tubos metálicos e não metálicos, esgotos, dutos de cabos, fundação, reforço de aço no concreto e espaços vazios.

Encontrar tubulações

Comparado a outras tecnologias, a vantagem principal do GPR é a capacidade de detecção de estruturas normalmente não detectáveis por outros aparelhos como, por exemplo, tubulações não metálicas, PVC (Policloreto de Vinil), fibra óptica, concreto, ferro fundido e aço. Alguns georradares que possuem melhor penetração no solo podem ser utilizados em estruturas geofísicas, leitos rochosos, estratificação do solo e grutas, em que a frequência eletromagnética costuma ser mais elevada, possibilitando resoluções maiores que variam entre 400 e 2.500 MHz (Megahertz).

Diversas aplicações 

De acordo com o diretor da empresa SONDEQ, Jorge Dequech existem vários tipos de georradares que servem para múltiplas aplicações que vão desde arqueologia e investigação forense, até aplicações na engenharia. “Se fosse possível simplificar as categorias de aplicação do GPRs, elas poderiam ser divididas em duas: sendo uma dos equipamentos pós-processados, que são aqueles que necessitam de uma interpretação posterior através de softwares dedicados e, muitas vezes, realizada por operadores com conhecimento em geofísica e a outra, dos equipamentos de análise imediata, em que os resultados são obtidos em campo imediatamente”.
Ele acrescenta que estas duas categorias ainda se diferem em função da frequência de sua antena (sensor), sendo que alguns utilizam um só sensor e outros podem operar com diferentes sensores para aplicações distintas. No caso da engenharia, as aplicações mais corriqueiras estão na detecção de dutos e cabos enterrados, na investigação de espessura, deterioração de pavimentos e estruturas concretadas ou na detecção de ferragens, cabos e conduítes.
A escolha da antena é normalmente baseada em função das dimensões e profundidades dos objetos refletores, além dos parâmetros elétricos do terreno estudado. A penetração da onda eletromagnética é apresentada na forma de um cone. Entretanto, em rochas com materiais argilosos, a dificuldade de atuação do georradar é maior. Sobre a detecção de materiais que não possuem contraste eletromagnético é importante salientar que mesmo diante do grau de dificuldade e complexidade, o equipamento é capaz de encontrá-los.
“O sensor e a antena são sempre necessários, visto que são eles que emitem a onda eletromagnética e capta o seu retorno para tornar a detecção possível. Existem equipamentos que possuem antenas fixas e outros que permitem a sua troca de acordo com a aplicação. Em geral, as antenas de maior frequência possuem uma maior resolução, mas uma capacidade de penetração muito pequena. Em contrapartida, as antenas com menor frequência, possuem maior capacidade de penetração à custa de uma menor resolução”, elucida Dequech.



Fontes: 
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=geo-radar#.WKo9FFUrLIU
http://www.sondeq.com.br/pt/nd_localtubo_georad.php

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