Para este texto foi utilizado como referência e base, o trabalho de autoria de Francisco Rodrigues Andriolo, que foi apresentado no "X Seminário Nacional de Grandes Barragens", realizado em 1975, os resultados dos estudos realizados foram para a Obra da Usina de Ilha Solteira. 

Por que existe as emendas?

As emendas de barras de aço surgem por ordem prática, devido as dimensões das peças de concreto, e do comprimento usual das barras de aço. Não é viável economicamente produzir barras de aços maiores, nem possível transporte para a obra de barras de aço com dimensões superiores as existentes. 
A finalidade da emendas é dar continuidade na transmissão dos esforços nas armaduras, dando-se desta forma, condições de considerar a estrutura como monolítica.

Quais os tipos de emendas?

Há vários tipos de emendas em barras de aço para concreto armado, os cuidados maiores são tomados sobre as emendas de barras que serão submetidas à tração. A NBR 6118 e a NBR 14.931 estabelecem os tipos de emendas que podem ser utilizados e os respectivos procedimentos, como as restrições de acordo com as condições projetadas e características de cada uma das emendas.

Emenda por transpasse (Justaposição)

É o tipo mais comum em obras, atualmente. Com esse tipo de emenda os esforços nas barras são transmitidos por aderência. Preve-se, então, um determinado comprimento da barra de modo que a mesma que ancorada no concreto. A Figura 1 ilustra uma emenda por justaposição.

Figura 1 (Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/64/artigo297868-1.aspx)

Situação como apresenta na Figura 2, deve ser uma situação evitada, pois uma distância muito grande entre as barras poderá ocasionar uma fissura na peça.

Figura 2

A NBR 6118/03 (item 9.5.2) estabelece que a emenda por transpasse só é permitida para barras de diâmetro até 32 mm. Tirantes e pendurais também não admitem a emenda por transpasse. Vale lembrar que sempre deve ser feita a consulta das normas vigentes, e se atualizar, acompanhando novas tecnologias. 
A transferência da força de uma barra para outra numa emenda por transpasse ocorre por meio de bielas inclinadas de compressão, como indicadas na Figura 3. Ao mesmo tempo surgem também tensões transversais de tração, que requerem uma armadura transversal na região da emenda.

Figura 3

Então aquele arame utilizado não é quem garante uma boa emenda?

Não,arame utilizado é apenas para que a barra de aço não assuma uma distância que poderá ocorrer durante a concretagem, esse procedimento diminui o risco. 
Ressalta o Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastosa, a resistência da emenda depende do comprimento de transpasse, do diâmetro e espaçamento das barras e da resistência do concreto. O aumento do comprimento de transpasse não aumenta a resistência da emenda na mesma proporção.
Lembro ao leitor, que aprofunde mais, pois existe questionamentos que não irei abordar no artigo, geralmente quem é aluno de engenharia civil, irá estudar e aprofundar essas questões na disciplina de
Estruturas de Concreto I ou na Estruturas de Concreto II, depende do currículo do curso. 

Quais são os outros tipos?

Os outros tipos são soldados, que requerem aço de característica diferente. O tipo de emenda através de solda é possível de quatro formas distintas, que são descritas a seguir.
Solda de topo por caldeamento não exige metal para a união, pois os vergalhões se fudem quando o aço é aquecido por uma corrente elétrica próxima à temperatura de fusão, e ao serem pressionadas uma contra a outra (topo a topo), ocorre a união.

(Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/64/artigo297868-1.aspx)

Solda de topo por eletrodo, com transpasse com solda e as justaposta utilizam metais de adição, porém, o tipo de arame utilizado na ligação irá variar de acordo com a resistência requerida da barra, seguindo recomendações da NBR 14931, quanto a forma de soldagem de cada elemento.
Solda com utilização de luvas, que é executada através de luvas rosqueáveis ou prensadas, sendo que a escolha dependerá da condição de aplicação da armadura, definida em projeto.

(Fonte: http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/64/artigo297868-1.aspx)


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