As palavras utilizadas na língua portuguesa se dividem em grupos distintos. Essa distinção é em relação à natureza e funcionalidade, com base em critérios categoriais, morfológicos e sintáticos misturados. Lembrando que na morfologia se estuda a estrutura e formação das palavras, e na sintática se estuda a função das palavras dentro da oração de acordo com as regras. 
Algo que deve ficar claro, é que uma palavra possui:

  • Forma física (F)
  • Significado léxico¹ (L)
  • Significado categorial (C)

Podendo ilustrar da seguinte maneira, conforme Bechara:
Forma física (F): por exemplo, a palavra amo pode-se classificar apenas pelo seu lado matéria: dissílaba, paroxítona, com três fonemas, etc. 
Formas léxicas ou lexemas (FL): por exemplo, verde pode-se entender como uma cor, ou seja, corresponde ao quê, relativo ao conhecimento de mundo, às vivências e experiências. 
Formas categoriais ou categoremas (FC): por exemplo, quadro e papel como substantivos. 
Palavras com significado léxico e categorial (FCL): por exemplo, amo, substantivo (como sinônimo de senhor), e amo, verbo (como sinônimo de 'quero bem'). 
Por isso que não podemos querer que a palavra verde, substantivo, pertença à classe da palavra verde, adjetivo, apenas porque tem o mesmo significado lexical, ou seja, apelando para um traço que nada tem que ver com o critério com que está constituída a classe verbal. 
É importante elencar os níveis de análise da língua:
  1. Fonético / Fonológico (sons da língua)
  2. Morfológico (estrutura e classificação)
  3. Sintático (função)
  4. Semântico (significado)
  5. Pragmático (sentido contextual)
Para evitar confusão se estuda primeiramente as classes de palavras quanto ao nível morfológico, e após isto, se inicia o estudo sintático, pois requer conhecimento das classes de palavras. 
As classes de palavras se dividem em:
O nome em que se divide as classes de palavras destaca a priori² as classes que variam, que dependendo da classe poderá se flexionar em gênero, número e grau, e as classes de palavras que não variam, ou seja, não se flexionam.
Exemplos:
Substantivo → menino
Flexionando em gênero: menina
Flexionando em número: meninos
Flexionando em grau: meninão 

Preposição → aonde
Não como flexionar, concorda? 

Inicialmente, o estudo iniciará na análise morfológica que como dito anteriormente é uma lógica que deve ser seguida, posteriormente então, análise sintática. Talvez, quem sabe, em algum momento estudamos os outros níveis, e também inserimos interpretação de texto, por hora o projeto proposto é de abordar classe de palavras, sintaxe, coesão e coerência, os demais assuntos ficam como sugestão para o futuro. 
Na próxima postagem iniciaremos abordando substantivo, iniciando o que foi planejado, que é teoria, com resumos, e a prática com exercícios resolvidos.


1. Léxico: o conjunto de palavras usadas numa língua.
2 A priori: relativo a ou que resulta de raciocínio cujas definições foram dadas inicialmente.

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Fontes
Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38º edição. Rio de Janeiro, 2015.
Ferreira, Mauro. 360°: aprender e praticar gramática: parte I, volume único. FTD, São Paulo, 2015.
Mini dicionário Aurélio. 8º edição, 2010.
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